
Por BLW Descomplicado
Descubra os principais desafios do BLW e como superá-los com confiança, paciência e estratégias práticas para tornar a introdução alimentar positiva.
BLW: benefícios, mas também desafios
O Baby-Led Weaning (BLW), ou desmame guiado pelo bebê, é uma abordagem que encanta muitos pais por estimular autonomia, desenvolvimento motor e uma relação positiva com a comida desde cedo. No entanto, apesar de todos os benefícios, também existem desafios que fazem parte dessa jornada.
Quando comecei o BLW com meu filho, percebi rapidamente que não era apenas sobre entregar alimentos na mão dele. Era também sobre aprender, desconstruir hábitos e enfrentar inseguranças. E foi justamente superando esses obstáculos que vivi experiências transformadoras.
Insegurança: será que estou fazendo certo?
O primeiro grande obstáculo foi a insegurança. Eu me perguntava diariamente:
- Será que ele está comendo o suficiente?
- Estou oferecendo os alimentos de forma segura?
- E se ele engasgar?
Essas dúvidas me acompanharam por semanas. Para lidar com esse medo, busquei informação de qualidade: li livros, participei de grupos de mães e, principalmente, consultei uma nutricionista infantil.
Foi assim que entendi que o BLW é um processo gradual. No início, a quantidade ingerida não importa tanto, pois o leite materno ou a fórmula ainda são as principais fontes de nutrientes. Esse entendimento trouxe alívio e confiança, permitindo que eu aproveitasse mais cada refeição.
Resistência de familiares: lidar com opiniões divergentes
Outro desafio foi a opinião das pessoas próximas. Muitos familiares achavam que eu estava sendo “radical” por não oferecer papinhas.
Precisei aprender a lidar com essas críticas com calma e paciência. Expliquei que o BLW é uma forma segura, respeitosa e natural de introdução alimentar, recomendada inclusive por especialistas.
Com o tempo, ao verem meu filho se desenvolvendo bem, engajado e saudável, os mesmos familiares que antes questionavam passaram a apoiar e até se interessar pelo método.
A bagunça: parte inevitável do processo
A sujeira foi outro obstáculo real. Comida no chão, roupas manchadas, mesa bagunçada… No começo, isso me deixava estressada. Mas logo percebi que a bagunça é parte do aprendizado e faz o bebê explorar de verdade os alimentos.
Para tornar a rotina mais leve, criei estratégias simples:
- forrava o chão com um tapete lavável;
- deixava panos sempre por perto;
- investi em um bom babador de manga longa.
Essas pequenas adaptações reduziram bastante a frustração e me ajudaram a focar no lado positivo do processo.
O que aprendi com os desafios do BLW
Hoje, olhando para trás, vejo que cada dificuldade trouxe um aprendizado valioso. O BLW me ensinou:
- a confiar mais no meu filho e em suas capacidades;
- a buscar conhecimento antes de ceder ao medo;
- a ser paciente e entender que cada bebê tem seu ritmo.
E, acima de tudo, aprendi que cada vitória – seja um alimento novo aceito, um movimento de pinça conquistado ou uma refeição tranquila – mostra que o esforço vale a pena.
Conclusão
O BLW não é um caminho perfeito e sem desafios. Pelo contrário, ele exige informação, paciência e adaptações constantes. Mas cada insegurança superada, cada crítica respondida e cada bagunça aceita fazem parte de uma jornada que promove autonomia, confiança e saúde para o bebê.
