Ansiedade: como aprendi a transformar preocupação em ação

Por Mãe entusiasta do BLW — 12 de outubro de 2025 • Categoria: Rotina & Emoções

Quando comecei o BLW, a ansiedade vinha acompanhada de perguntas: “Será que ele comeu o suficiente?”, “E se engasgar?” — perguntas normais que eu transformei em passos concretos. Aqui conto o meu processo, sem romantizar, só com solução prática e carinho.

1. Aceitar a ansiedade — o primeiro passo para agir

Ansiedade não é sinal de fracasso — é sinal de cuidado. Eu parei de lutar contra o sentimento e passei a observá-lo: quando surgia, eu anotava a preocupação. Anotar tirou a sensação de bola de neve e me ajudou a ver padrões (horários, tipos de alimento, ambiente).

2. Transformar preocupação em checklist prático

Em vez de deixar a mente correr, criei um checklist simples para a rotina de refeições:

• Preparar porções em palitos e tiras seguras (textura macia, sem pele dura)
• Sentar junto — eu como com ele para dar exemplo
• Ter o kit de primeiros socorros e telefone à mão
• Oferecer água no copinho entre as mordidas
• Cronometrar mentalmente 10–15 minutos de exploração sem intervenção — observando, não dirigindo

Esse checklist transformou dúvidas vagas em ações concretas antes e durante a refeição.

3. Educação e prática: trocar medo por habilidade

Em vez de consumir apenas opiniões, busquei informação prática: aprendi sinais de engasgo vs. refluxo, pratiquei a postura correta no cadeirão e testei cortes de alimentos que funcionavam melhor para o meu bebê. Cada pequena habilidade reduz a ansiedade imediatamente.

4. Rotina que acalma (para bebê e para mim)

Rotina não é rigidez — é segurança. Criamos um ritual: lavar as mãos, sentar à mesma mesa, 3 minutos de conversa antes de oferecer a comida. O ritual dá previsibilidade, e previsibilidade reduz a ansiedade dos pais e das crianças.

5. Quando a ansiedade volta: estratégias rápidas

Se a preocupação reaparece na hora da refeição, uso três passos rápidos:

1. Respirar 4 segundos — inspira/segura/expira
2. Reconhecer a preocupação em voz alta (ex.: “Estou preocupada, mas aqui está o plano”)
3. Focar no controle do ambiente (remover distrações, ajustar posição)

Falar em voz alta parece trivial, mas reduz o peso emocional e lembra que eu já tenho um plano.

6. Lições que me deram confiança

• O bebê explora mais do que come nas primeiras refeições — está aprendendo.
• Segurança > perfeição: pequenas medidas resolvem grande parte dos riscos.
• Compartilhar com outras mães e trocar experiências normaliza o processo.

Conclusão — transformar preocupação em ação é possível

Ansiedade é um convite para planejar, aprender e criar rotinas. No BLW, isso se traduz em medidas simples que devolvem confiança: checklist prático, conhecimento básico sobre segurança, e rituais que acalmam. Se você está nesse processo, comece por um passo pequeno hoje — anote uma preocupação e transforme-a em uma ação.